domingo, 30 de dezembro de 2012

Chanucá e Purim
Por Yanki Tauber
Há um interessante denominador entre os costumes que cercam duas festas, Chanucá e Purim: um brinquedo giratório. Em Chanucá, costuma-se brincar com um sevivon, um pião em cujo topo estão inscritas as letras hebraicas que formam o acrônimo da frase: "Um grande milagre aconteceu ali." Em Purim giramos um artefato barulhento, mais precisamento um "reco-reco", para apagar o nome do perverso Haman.

Mesmo assim, há uma diferença: o sevivon é girado pela parte de cima, ao passo que o reco-reco é girado por baixo.

Em Chanucá, D'us violou todas as leis da natureza para nos salvar; um pequeno grupo de guerreiros derrotou um dos exércitos mais poderosos da terra e um jarro de azeite ardeu durante oito dias. Em Purim, a salvação veio naquilo que poderia facilmente ser visto como uma série de coincidências felizes: o rei Achashverosh fica furioso com sua mulher, e escolhe Ester como rainha em seu lugar; Mordechai ouve por acaso uma trama para assassinar Achashverosh e salva a vida do monarca; Haman por acaso estava "no local errado na hora errada" exatamente quando o feito de Mordechai está sendo lido para o rei insone; Ester usa seu cargo e influência para voltar o rei contra Haman; e assim por diante. Na verdade, mal se percebe que o nome de D'us nem sequer é mencionado no Livro de Ester! Em outras palavras, em Chanucá a salvação Divina vem "do alto", ao passo que em Purim vem "de baixo", disfarçada em eventos naturais.

Purim celebra o fato de que nosso relacionamento também permeia os detalhes mais simples e mais cotidianos de nossa vida.

Chanucá celebra o fato de que nosso compromisso com D'us, e o d'Ele para conosco, transcendem todos os vínculos naturais.

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